A audiência pública é uma iniciativa da Deputada Dandara (PT/MG) e discutiu os desafios, impacto social e orçamento da Rede de Ensino Profissional, Científica e Tecnológica
Na manhã da terça-feira (6), a deputada federal Dandara (PT/MG) presidiu a audiência pública “Impactos da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica”, no plenário 10 da Câmara dos Deputados. A iniciativa reuniu mais de 80 participantes, entre parlamentares, reitores, estudantes e representantes do Ministério da Educação (MEC), para discutir a importância e os desafios da Rede Federal de Ensino.
A deputada destacou a abrangência e o papel transformador dos Institutos Federais em todo o país: “Os Institutos Federais estão presentes hoje em 30% dos municípios do nosso país. É uma rede de educação que está, de fato, transformando a nossa realidade. Concilia o ensino médio, o ensino técnico e o ensino superior, integrando tudo isso com ensino, pesquisa e extensão. É importante que, a partir de um debate colaborativo e coletivo, a gente consiga entender quais são as contribuições e também os desafios dessa rede de educação.”
Dandara também apontou a necessidade de garantir orçamento estruturado e permanente para a Rede Federal. “Não dá para os Institutos dependerem tanto das emendas parlamentares. É fundamental que possamos, cada vez mais, organizar o orçamento da educação brasileira”, afirmou. A parlamentar é autora do Projeto de Lei 760/2025, que propõe a correção anual do orçamento das universidades e institutos, com base na inflação.
O Secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Marcelo Bregagnoli, reforçou a importância dos Institutos Federais de Ensino para o desenvolvimento regional, formação de profissionais para o mercado de trabalho e interiorização da educação. “O recente anúncio da construção de 102 novas unidades dos institutos federais será decisivo para o Brasil”, disse ao destacar que a Rede hoje emprega mais de 90 mil servidores públicos federais e a sua abrangência, ao estar presente em 30% dos municípios brasileiros (2.000 municípios). O secretário também apontou que, em 2024, 1,9 milhões de matrículas foram efetivadas na Rede Federal de Ensino e 900 mil pessoas concluíram cursos ofertados nos IF`s.
A reitora do Colégio Pedro II e Presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIF), Ana Paula Giraux, apontou os diferenciais da rede como fator estratégico para o desenvolvimento sustentável do país e para a emancipação das famílias. “Hoje temos mais de 1,9 milhões de matrículas nos cursos dos IFs pelo Brasil. Não são pessoas, são famílias, que são modificadas pelas oportunidades por esses estudantes que estudam nos institutos Federais, alteram sua economia e empoderam suas microrregiões. Podemos falar em um impacto de 6 milhões de pessoas”, afirmou.
Ray Silva, representante da Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (FENET), apontou sobre a necessidade de avançar na construção de mais restaurantes universitários e destacou a iniciativa do governo Lula de, através do NOVO PAC, ampliar o número de RUs. E Hugo do Carmo Silva, representante da União Brasileira dos Estudantes (UBES) finalizou destacando a importância dos IFs na emancipação e formação dos estudantes. “A gente não quer apertar botão, a gente quer construir a máquina que aperte o botão pra gente”, disse.
A audiência pública reafirmou a importância de fortalecer a Rede Federal de Ensino como política estratégica para o desenvolvimento do Brasil. Mais do que formar profissionais, os Institutos Federais promovem inclusão, reduzem desigualdades e transformam territórios.
